domingo, 8 de março de 2009

Se fosse estadista, Lula compraria aviões da Embraer pra não demitir



E Aécio, o que faria no seu lugar?


PorHélio Caled

Apesar ser um dos presidentes de maior aprovação popular, Lula provou estar longe de ser um estadista. Estadistas são aqueles governantes que provam através de suas atitudes, estarem no lugar e na hora certa. Um ou outro governante tem atitude de estadista, a maioria não passa de administrador público e não compreende que em determinas situações, sua caneta pode lhes possibilitar atitudes extremas em defesa dos interesses da nação, que frutificarão perenes resultados ao longo da história.

Se fosse um estadista Lula utilizaria de sua caneta para assinar uma medida provisória que possibilitasse instrumentos legais para comprar aviões da Embraer para reequipar a frota aérea governamental para fins civis e militares, e assim, não só evitar a demissão de 4.270 trabalhadores, como também prestigiar a empresa nacional que mais fabrica produtos de alto valor agregado, durante este momento de crise financeira internacional.

Quando optou pelo avião fabricado pela concorrente européia, a Airbus, para reequipar o FAB 001 (aeronave militar de transporte da presidência da república), Lula não só desprestigiou a Embraer como também cometeu um ato que nenhum estadista faria. Se fosse estadista, convocaria a Embraer a produzir um avião que atenderia as especificações da presidência, e assim, nas viagens internacionais poderia divulgar a competência da indústria brasileira.

Agora, na hora de corrigir esta falha, Lula nada faz para garantir milhares de empregos estratégicos para o país. Não convêm, desperdiçar a mão de obra de quatro mil trabalhadores que possuem altas qualificações advindas de centenas de horas de treinamentos. São homens e mulheres que, por trabalharem na empresa que mais agrega tecnologias avançadas instalada no Brasil, não encontrarão no mercado outra empresa onde esta força de trabalho possa gerar tanta receita agregada para o país.

Não só os trabalhadores brasileiros que permaneceriam em seus empregos. Para montar seus aviões, a Embraer necessita importar componentes de várias partes do mundo. Se Lula tivesse comprado mais aviões da Embraer, centenas de trabalhadores em outros países teriam seus empregos assegurados a fim de garantir o fornecimento de componentes à Embraer. Isto mostra que as atitudes dos estadistas surtem efeitos positivos além de seus países.

E Aécio, o que faria? Com crise, a Vale foi a primeira empresa brasileira que iniciou demissões em massa, sendo Minas Gerais o estado mais afetado. Mais de mil trabalhadores das cidades de Itabira, Barão de Cocais, Congonhas, Ouro Preto e Mariana, dentre outras, foram demitidos pela Vale e suas prestadoras de serviços. Foi o pior dezembro para o comércio destas cidades. Mão-de-obra altamente qualificada. Também faltou ao Aécio, visão de estadista para liderar a superação dos obstáculos quem deixam muita gente perdida em tempos de crise.

Não adianta dizer "Estamos fazendo o melhor que podemos".


"Temos que conseguir o que quer que seja necessário”, disse um certo Winston Churchill.

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