terça-feira, 24 de março de 2009

“Curiango” diz que Newtão pode peitar Hélio Costa na convenção do PMDB no ano que vem




Também chamada de bacurau, curiangu, coriavo, engole-vento e mariangu, a ave "Curiango" tem hábitos noturnos, quando prefere manter-se acordada e atacar suas presas mais facilmente.



Por Abreu Saldanha


Um leitor que atende que pela singela alcunha de “Curiango”, postou comentário neste espaço acerca da matéria “Hélio Costa, Pimentel, Patrus e Anastasia, o candidato a “Cristiano Machado do Século XXI”. Observa o atento leitor que, contrariamente ao que deu a parecer o texto deste escriba, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, não goza de posição tão cômoda quanto parece no seio do PMDB mineiro. Segundo “Curiango”, a despeito da invejável posição que ostenta na pesquisa Datafolha divulgada no último final de semana, é preciso lembrar que Hélio Costa está na estrada na condição de "candidato a candidato a governador" há mais de 20 anos, daí o recall de que hoje desfruta.

“Curiango” chama atenção ainda para um fato que pode realmente provocar debate: afinal, quem é o verdadeiro grupo de Hélio Costa no PMDB? O leitor desafia, em seu comentário, alguém apresentar um helista “seguidor fiel e com representatividade política”.

Não bastasse, “Curiango” ainda adverte que para se consagrar candidato pelo PMDB à sucessão de Aécio Neves, o atual ministro das Comunicações terá que se haver com o ex-governador Newton Cardoso, este sim, segundo o leitor, verdadeiramente o controlador de grande parte dos diretórios do PMDB em Minas. E, conforme dá a entender “Curiango” em seu comentário à postagem de ontem, Newtão ainda não perdeu seu jeitão “trator” e já teria deixado escapar a ouvidos mais privilegiados de seu convívio de que pode ir à convenção bater chapa com Hélio Costa só para manter a escrita de que o PMDB é mesmo um partido “partido”.


  1. Curiosidade histórica Em 1998, para conseguir sair candidato pelo PMDB, o ex-presidente Itamar Franco – este sim amigo de priscas eras de Hélio Costa – teve que se dobrar à vontade do trator Newtão, aceitando-o como vice em sua chapa. Deu-lhe o troco depois, como é do estilo de Itamar, deixando-o na mão, sem qualquer poder no pífio governo que desenvolveu nos quatro anos em que ocupou a cadeira onde um dia sentaram-se homens da estirpe de Afonso Pena, Israel Pinheiro e Tancredo – ou mesmo Magalhães Pinto, para que não sejamos acusados de “pessedismo enrustido”.
  2. Curiosidade ornitológica “Curiango”, comumente conhecido no Brasil por “Bacurau”, é uma ave noturna, de longos rabos. Detalhe importante é que o atencioso leitor postou seu comentário altas horas da noite, fazendo jus, portanto, ao apelido com que se auto-intitula.

segunda-feira, 23 de março de 2009

PBH pode paralisar atendimento a portadores de necessidades especiais




Marcelo Teixeira, secretário de Saúde da PBH










Por Herivelton Moreira
hemocos@yahoo.com.br

Aproximadamente 360 portadores de necessidades especiais podem ficar sem atendimento do SUS na Região Metropolitana de Belo Horizonte a partir de abril. Por falta de pagamento por parte da Prefeitura de Belo Horizonte, as empresas que fornecem produtos e serviços ao Centro de Reabilitação da capital (Creab-BH), órgão da Secretaria Municipal de Saúde, estão paralisando o atendimento esta semana.

As empresas estão sem receber suas faturas junto ao Creab desde outubro do ano passado e já não podem mais fornecer órteses, próteses e cadeiras de rodas. Elas são microempresas e se espremem entre a falta de pagamento da PBH e as cobranças cartoriais de seus fornecedores. (No caso das próteses apenas três empresas dominam 95% do mercado mundial do produto).

A secretaria municipal de saúde de Belo Horizonte confirmou o débito junto às empresas, mas em resposta ao blog (www.politicadasgerais.blogspot.com) não definiu quando vai pagar as empresas, alegando que o assunto está no departamento jurídico. Alguns empresários informaram que há quinze dias vem sendo pleiteada uma reunião com o secretário municipal de saúde, Marcelo Teixeira, sem resultados práticos.

Referência – o Creab-BH atende a uma estratégia adotada pelo Ministério da Saúde de concentrar numa cidade-pólo os atendimentos especializados em órteses, próteses e cadeiras de rodas entre outros meios de locomoção. Os usuários do SUS de toda a RMBH buscam atendimento na capital, referenciados pelos postos de saúde de seus municípios. A paralisação em BH vai atingir moradores de cidades de grande porte, como Betim, Contagem, Nova Lima e Sete Lagoas.

Credenciamento – o ano passado o Creab-BH abriu o credenciamento de empresas para o fornecimento e comunicaram aos credenciados de 2007 que seus contratos em andamento venceriam em dezembro de 2008. O curioso é que o prazo de credenciamento, que normalmente é de 15 ou 20 dias, foi ampliado para mais de cinco meses.

Na época a alegação é que uma das empresas interessadas em participar do credenciamento, a Castelo de Campinas-SP, solicitou tempo para se adequar às exigências técnicas e legais do processo administrativo. A curiosidade aumenta, de acordo com um dos empresários credenciados, com o fato do setor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde ter informando que não consegue pagá-los porque a Castelo está com a documentação irregular junto a PBH.

A dívida da PBH com as empresas ultrapassa a casa dos R$ 700 mil. Só uma delas espera receber quase R$ 180 mil.

Hélio Costa, Pimentel, Patrus e Anastasia, o candidato a "Cristiano Machado do Século XXI"






Por Abreu Saldanha



Nenhuma novidade. Pelo menos à primeira vista. O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB) venceria hoje as eleições para governador de Minas. Eleição mesmo só em 2010, mas ele apresenta uma invejável vantagem em relação aos demais aspirantes a substituir Aécio Neves no Palácio da Liberdade. Hélio, embalado pela exposição do cargo de ministro e de senador e ainda contando com o recall de quem foi candidato ao governo de Minas por duas vezes – 1990 e 1994 – flana sobre adversários que, pelo menos por enquanto não o ameaçam.

A primeira pesquisa de intenção de votos para medir o nível de apoio aos pretensos candidatos a governador, feita pelo instituto Datafolha, do jornal Folha de S. Paulo, apresenta Costa com folgada liderança em todos os cenários propostos – seja enfrentando Patrus Ananias ou Fernando Pimentel do PT, seja encarando o pretenso ungido de Aécio, o atual vice-governador Antonio Anastasia (PSSB).

Um pouco de surpresa aparece quando se compara os desempenhos dos petistas Patrus e Pimentel, com este muito à frente daquele. Mas, como analisa o próprio Datafolha, é explicável pela expressiva presença do recém-substituído prefeito da capital em Belo Horizonte, maior colégio de Minas. Em Belo Horizonte, onde se concentram ¼ dos eleitores do Estado, Patrus, embora tenha sido também governante da cidade, perde feio para Pimentel.

De acordo com o Datafolha, nos dois primeiros cenários, com quatro candidatos, Hélio Costa lidera com 41%, seguido pelo também ministro do governo Lula, o petista Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), com 11%. Na sequência vêem o vice-governador Antonio Anastasia (PSDB), com 5%, tecnicamente empatado com a desconhecida Maria da Consolação Rocha (PSOL), que aparece com 4%.

Quando Patrus é substituído pelo ex-prefeito de BH Fernando Pimentel, a vantagem de Costa cai de 30 para 13 pontos. O ministro das Comunicações a alcança, então, 37%, contra 24% de Pimentel. Detalhe importante: neste quadro Pimentel abocanha metade dos votos de Belo Horizonte e região metropolitana. Mas Hélio Costa recupera a dianteira no interior. Anastasia, oficialmente o candidato do governador Aécio Neves, mal chega a 4% das intenções de voto.

Hélio Costa deve ter aprendido algo com as derrotas acumuladas em 94 e 98. Aqui vale lembrar o insólito ataque de nervos que acometeu o hoje ministro. Se para muitos eleitores é praticamente impossível esquecer o quebra-quebra de telefones e computadores no comitê de Costa no final da descabida derrota para o tucano Eduardo Azeredo em 1998, imagine para o próprio Hélio Costa... Para os pobres funcionários do escritório político do candidato na época, então, nem se fala...

Os números revelam, porém, dois fatos importantes:
1 – Se for enfrentar Pimentel, Hélio Costa terá que traçar estratégia especial para a região metropolitana da Capital, onde perde feio para o ex-prefeito;

2 – O suposto candidato do governador Aécio Neves, o atual vice Anastasia, do PSDB, tem muito chão pra andar se quiser não fazer feio no pleito de 2010. É indiscutível que no atual cenário mineiro qualquer candidato que venha a contar com apoio de Aécio tem reais chances eleitorais, mas ainda assim, a se manterem os números, Anastasia terá que trabalhar muito para, no máximo, perder de pouco e ter alguma influência num eventual segundo turno. Mas a questão é saber até que ponto seu padrinho Aécio está efetivamente interessado numa vitória sua em 2010.

Nunca é demais lembrar que, em política, o outro nome de Minas é traição. E isto não é de hoje. É só lembrar do sabarense Cristiano Machado, que, antes de ser apenas nome de uma importante avenida de Belo Horizonte ocupou manchetes em todo o país quando, em 1950, induzido por seu poderoso partido na época – o PSD – lançou-se a uma disputa insana pela Presidência enquanto seus correligionários trabalhavam, na surdina, pelo retorno de Getúlio Vargas ao Palácio do Catete, então sede da Presidência da República.

O episódio fez com que Cristiano Machado inaugurasse um novo verbete no dicionário político nacional, em que “cristianizar” passou a significar “entregar à própria sorte”, “trair para ganhar com outro que não seja correligionário”. Anastasia seria o Cristiano Machado do século XXI?

quinta-feira, 19 de março de 2009

Mesmo com a resposta, ficamos sem respostas













Por Herivelton Moreira
hemocos@yahoo.com.br

http://www.youtube.com/watch?v=5eWvW55ws1I

Retornando ao caso do ex-reino do senhor Helvécio Magalhães na secretaria de saúde de BH (governo Pimentel), eis a resposta da atual assessoria de imprensa da pasta para o questionamento feito pelo www.políticadasgerais.blospot.com edição passada.

“A Secretaria Municipal de Saúde informa que o atraso no pagamento das empresas fornecedoras de órtese, prótese e cadeiras de rodas para o CreabBH deveu-se ao vencimento do credenciamento de 2005 (chamamento 002/2006). O processo para os pagamentos está em análise na assessoria jurídica, já que os fornecedores faturaram notas fiscais após o vencimento do chamamento 002/2006”.

Assinado: Gerência de Comunicação Social Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Contatos: (31) 3277-7756 / 7821 (fax) / http://br.mc561.mail.yahoo.com/mc/compose?to=gcso@pbh.gov.br

Para quem não conhece esclarecemos que, no caso de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, tais como cadeira de roda, os preços pagos por todas as secretarias municipais de saúde do país seguem uma tabela denominada SIASUS. Isto significa que não existe concorrência, apenas habilitação técnica e burocrática das empresas do ramo interessadas no fornecimento. Este ato, perfeitamente legal, é intitulado CHAMAMENTO PÚBLICO, por onde se realiza o CREDENCIAMENTO.

Credenciadas as empresas, os lotes são distribuídos igualitariamente. Exemplo: a PBH vai distribuir 200 cadeiras de roda e tem quatro fornecedores. Cada um fornecerá 50 cadeiras. Mas o CREDENCIAMENTO só é válido por um ano. Sendo assim, o pessoal do Pimentel ou seria muito burro ou incompetente. De acordo com a resposta da Secretaria as empresas continuaram a emitir notas fiscais mesmo “após o vencimento do chamamento 002/2006”. Os usuários do SUS de BH continuaram a ser atendidos em 2007, 2008 e 2009. Ora, se estão sendo atendidos em 2009, então o pessoal do Lacerda, que assumiu dia em primeiro de janeiro, manteve as “irregularidades”???!!!

Pelos documentos acima se observa que ocorreram CHAMAMENTO PÚBLICO E CREDENCIAMENTO em 2007 e 2008. Note-se ainda que o cabeçalho do contrato devidamente assinado pelo senhor Helvécio Magalhães e o Procurador Geral do Município na época Marco Antônio Resende Teixeira, é datado de 30 de outubro de 2008 e se refere ao CREDENCIAMENTO 001/2007.

Para que a Prefeitura pague e o seu titular não seja enquadrado na lei de responsabilidades fiscais, é preciso que a documentação esteja “amarrada”. Para isto a PBH, através de sua secretaria de saúde, firma convênio com o Ministério da Saúde, através do SUS, para fornecer aos usuários do mesmo as órteses, próteses e meios de locomoção pedidos. Então perguntamos: como a PBH manteve o atendimento no Creab em 2007, 2008 e nos dois meses e meio de 2009, se o CREDENCIAMENTO terminou em 2006???!!!

Estaria a secretaria de saúde de BH empurrando o assunto para as empresas???!!! Será que irá culpá-las pelo problema???!!! Acontece que todas as empresas fornecedoras trabalham mediante a apresentação de uma GUIA DE FORNECIMENTO, devidamente assinada e carimbada por funcionários do Creab-BH. Depois tiram medidas, formatam moldes, provam e concluem o trabalho que é submetido para aprovação a fisiatras, fisioterapeutas e ortopedistas.

E tudo isto foi feito durante dois anos e quase três meses de forma irregular???!!!
Alguma coisa não vai bem, agora, no REINO DO LACERDA, uma vez que esta resposta complica mais do que explica. Por falar em explicar, como a Ortopedia Castelo Ltda, empresa com sede à rua Salustiano Penteado, 126, Botafogo, na cidade de Campinas-SP, foi credenciada para atender em Belo Horizonte???!!! Por que o CEDENCIAMENTO de 2008 demorou cinco meses para fechar se o procedimento padrão não passa de 20 (vinte) dias???!!!

Daqui a pouco chamaremos a direção da ABOTEC - Associação Brasileira de Ortopedia Técnica nesta conversa. A entidade administra um acordo entre suas filiadas que prevê o atendimento ao SUS apenas no seu estado de origem. As empresas paulistas ficaram furiosas, em 2007, quando uma empresa mineira tentou participar de um pregão eletrônico do INSS em São Paulo. No entanto, a Castelo se credenciou em BH e atende desde o ano passado.

Algumas perguntas ficaram no ar. A principal delas é sobre o dinheiro para pagar as faturas atrasadas desde o ano passado. As empresas de órtese e prótese são micro “montadoras”. Elas têm o lucro achatado pelas multinacionais fabricantes dos produtos e a tabela SIASUS, que depois de 16 anos foi reajustada em apenas 30% o ano passado. Algumas já têm títulos protestados em função do presente atraso da PBH. Acredito que, em uma semana, os usuários do SUS de BH portadores de necessidades especiais ficarão sem atendimento.

terça-feira, 17 de março de 2009

Há algo de podre no reino...




Shakespeare foi um gênio que, entre outras, nos deu uma frase adapatável a diversas situações, como agora.


Há algo de podre no ex-reino do secretário Helvécio Magalhães???!!!



Por Herivelton Moreira

"Há algo de podre no Reino da Dinamarca”. A célebre frase de Hamlet (personagem da obra literária de Shakespeare), já foi adaptada a diversas situações. Esta é mais uma. Há algo de podre do no ex-reino de Helvécio Magalhães???!!! Ele foi secretário de saúde do governo Pimentel na PBH. Só que uma bomba relógio ficou para o pessoal do Lacerda desarmar.

As empresas de órtese, prótese e que fornecem cadeiras de rodas para o Creab BH estão sem receber desde outubro e mantendo a prestação de serviços. Nada demais, se falamos em crise. Só que o dinheiro é carimbado e só vem de Brasília com previsão de gastos. Temos também a mudança de comando na Prefeitura.

Tudo bem, mas o novo prefeito de Montes Claros recebeu o mesmo setor com os pagamentos atrasados e normalizou a situação em fevereiro, além de anunciar aumento da verba para março, abril e maio.

O que chama atenção, e que nos remete à famosa frase de Hamlet, é a explicação dada pelo financeiro da Secretaria Municipal de Saúde de BH para o atraso e, até agora, a intenção de não pagar as empresas. Eles dizem que uma empresa, a Castelo, com sede em Campinas-SP, está com a documentação irregular e, por isto, nenhuma empresa pode receber a fatura.

E o “kiko”!!!??? Me indagou um dos seis empresários que têm dinheiro a receber. Ele cumpriu as exigências burocráticas e os contratos são individuais. Como a prefeitura responde que não pode pagá-lo porque a paulista Castelo está irregular? Só ele tem quase R$ 200 mil para receber.

Algumas perguntas: o que teria acontecido com o dinheiro no apagar das luzes do reinado de Helvécio Magalhães???!!! Sumiu???!!! Desviado para outros pagamentos???!!! É uma grana carimbado, ou seja, tem finalidade específica e não pode custear outros setores.

Em 2008 levaram mais de quatro meses para fechar o credenciamento das empresas. Porque então o pessoal do Lacerda disse que a Castelo de Campinas está com documentação irregular???!!! Quem aprovou o credenciamento da Castelo de Campinas se ela estava com a documentação irregular???!!!

Esperamos durante 12 dias por uma resposta da Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde para tais perguntas. O espaço está aberto...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aécio X Serra - As diferenças começam na tropa de choque







Aécio e seu estilo low profile; Serra e seu estilo always down
Por Hélio Caled
A polarização entre o Palácio da Liberdade X Palácio dos Bandeirantes na disputa da vaga do PSDB às eleições da presidência em 2010 coloca frente a frente o estilo de fazer política entre ambos os governadores.
Em comum, ambos receberam os estados destroçados administrativamente e financeiramente. Só que Aécio conseguiu recuperar com melhor eficiência a capacidade de realização de investimentos públicos de Minas Gerais, enquanto Serra, ainda em seu primeiro mandato como governador, não deu mostra de que conseguiu dar mais combustível ao estado locomotiva do Brasil.
No entanto, o que se ouve da comparação dos dois? Quando se escuta a opinião dos analistas políticos dos botecos do Mercado Central, dos salões de barbeiros, dos taxistas e das salas de esperas dos aeroportos, a opinião popular é unânime em apontar diferenças radicais entre os estilos dos pré-candidatos.
Do Serra, que é um “espanta rodinhas", escuta-se em Brasília. Do Aécio, que seus fins de semana cariocas, são típicos de um solteiro bon-vivant, com muito regalo e mulherada sarada.
Serra vê problema em tudo, Aécio propagandeia solução para tudo.
Serra gosta de ser mais inteligente que sua equipe. Aécio dá espaço para a equipe brilhar. Serra utiliza palavras duras. Aécio é mineirinho com as palavras.
O tempo verbal utilizado por Serra é o presente. Aécio usa e abusa do pretérito imperfeito.
Serra tem uma tropa de choque experimentada politicamente para garantir sua candidatura. A tropa de choque do Aécio é composta por Luciano Hulk, Ronaldinho Fenômeno e Natália Guimarães, ex-miss Brasil.

E você, como avalia as diferenças entre os dois?

O PT e seu "muro das lamentações"


Pimentel, o patrono da vereadora Neusinha Santos, está sendo comparado por muitos petistas a Joaquim Silvério, o "Judas" da Inconfidência Mineira que levou Tiradentes para o cadafalso



Por Herivelton Moreira da Costa

Ao que tudo indica o PT mudou o famoso monumento de Jerusalém para a Praça Sete, em Belo Horizonte. É que militantes do partido desempregados se encontram por lá em grupos de 20 ou 30 e choram o apoio que deram a Márcio de Lacerda. Eles se sentem lesados por Pimentel e Virgílio Guimarães. Imagine, nesta crise, perder um polpudo emprego cultivado ao longo dos últimos 16 anos...

Lacerda mandou fazer “um limpa” de petistas na administração. Só da vereadora Neusinha Santos foram colocados para fora 100 indicados, incluindo três ex-maridos. A parlamentar, que outrora ostentava poderes de “líder do governo” na Câmara Municipal, está deprimida.

Aos íntimos, ela abre o coração e reclama que está totalmente sem chances, no momento de se eleger deputada estadual, um sonho que acalanta há anos. A permanecer a situação atual corre o risco de sequer se reelege vereadora em 2012.

O maior problema de Neusinha não é perder apoio de bases políticas. É levar o nome de “traidora”. Breve divulgaremos dados de uma pesquisa inédita feita com militantes e vereadores do PT no interior mineiro. Já deu para perceber que imagem de Fernando Pimentel está mais para Joaquim Silvério dos Reis que para Tiradentes...

O retorno da censura



Moradores protestam por não aceitar a situação em que está após o pleito de 2008.















Imprensa de Itabirito vem ocultando da população o escândalo na prefeitura, onde irmão ocupa cadeira para outro irmão continuar mandando






Por Herivelton Moreira da Costa



Chico Buarque, o ícone do fim da censura brasileira, certamente ficaria irado com o que acontece em Itabirito. De Janeiro para cá os jornais que circulam pela cidade só fazem por “atacar” a oposição e “defender” a administração do prefeito interino Alexander Salvador e seu irmão, o ex-prefeito, Waldir Salvador, o Juninho.

Alguns textos são hilários, principalmente os do jornal O Grito, que não disfarçam a posição do veículo. Eis algumas pérolas: O Grito, edição 313, de 25 a 31/01/2009 – “O Tribunal de Contas não conhece nossos opositores, por isto, acabam concordando com eles..” O jornal se coloca como parte da administração.

Na coluna do Wilson Luiz de Oliveira da edição do dia 14/02/2009, está publicado: “O prefeito Juninho, pode até não ser perfeito, mas ninguém é mais gestor, como ele, não temos outros...” Nesta mesma edição temos a matéria que informa à população sobre o “altruísmo” do ex-prefeito que hoje trabalha como voluntário. Nota-se que o texto tem fio, mas não contém os dizeres Informe Publicitário, como determina a lei.

O melhor de todos, entretanto, é o título da primeira página da edição 310 de 10/01/2009, onde o jornal O Grito estampa: “Reinicia, o segundo governo `Interino´ dos Tucanos”. O jornal Regional, que circula em Mariana, Ouro Preto e Itabirito, é mais profissional, mas também não dá voz e vez a oposição.

Alguém aí acredita que os jornais e rádios de Itabirito são “voluntários” como o ex-prefeito? Existem informações de que só um deles teria recebido R$ 35 mil de verba publicitária. Se for verdade a tabela de anúncios na cidade supera, em muito, o centímetro por coluna de jornais de grande porte no estado.

Alô Ministério Público: é preciso segurar o dinheiro público antes que escorra pelo ralo.



Dilma candidata dos mineiros? Pode um trem desses?


Por Hélio Caled

Os mineiros vêm Dilma Russeff mais gaúcha que mineira? Seu estilo em nada faz lembrar o velho jeitão dos mineiros fazer política, aquele estilo quem gostar de comer pelas bordas. Com seu ar de mandona, Dilma é direta, fazendo tremer quem ousa enfrenta-la à frente da Casa Civil da Presidência da República, e assumindo cada vez mais a condição de candidata à sucessão de Lula.
É um estilo que contradiz - fere até! - o jeito mineiro de fazer política, onde prevalece a conversa recheada de trejeitos afáveis, embora nem sempre sinceros. O enfrentamento entre os políticos mineiros, quando se dá é mais suave, regado à cafezinho e pão de queijo, muita conversa de gabinete e ao pé-da-orelha. Vale mais os bastidores que o jogo para a platéia - leia-se imprensa.
Já Dilma, embora mineira, foi forjada na política pelos gaúchos. Nascida e criada até a adolescência em BH, engajou-se nos movimentos de esquerda na década de 60, sendo presa e torturada. Quando saiu da prisão, em meados dos anos 70, teve que se mudar para o Rio Grande do Sul para acompanhar o marido, este sim, gaúcho dos Pampas - Carlos Alberto - , que também estava preso e fora transferido para Porto Alegre.
Mineiramente Dilma arranjou um jeitinho de ficar perto do marido na prisão: foi dar aulas aos presidiários. Em Porto Alegre que Dilma cursou Economia, constituiu família e teve uma filha -Paula. Posteriormente, concluiu mestrado e doutorado em Campinas. Junto com o marido de então, entrou na militância política gaúcha. Primeiramente no PDT onde uma de suas primeiras tarefas foi a elaboração do programa de governo de Alceu Collares na disputa pela prefeitura da Capital, em 1985.
O projeto foi escrito na casa dela. Depois da vitória, o partido queria a nomeação de uma mulher no primeiro escalão. Collares optou por Dilma na pasta da Fazenda. Em 1999, no governo Olívio Dutra, após um racha entre PDT/PT, Dilma migrou para as hostes petistas. Integrou a equipe ministerial de Lula desde o primeiro mandato, inicialmente na pasta das Minas e Energia, sendo catapultada depois para ocupar a Casa Civil, devastatada pelo vendával do mensalão que derrubou o até então inabalável José Dirceu.
Testada em seu primeiro escândalo, Dilma sobreviveu bem ao episódio da divulgação do dossiê dos gastos com cartões de crédito da família do ex-presidente FHC. Apesar de fartamente explorado pela imprensa, a repercussão do caso não afetou a ministra. Dilma, que estreiou 2009 de rosto novo após uma bem conduzida cirurgia plástica, tratou logo de se posicionar firmemente como a candidata do PT à Presidência da República em 2010, uma postura que interferiu drasticamente nos planos presidenciais do governador de Minas, Aécio Neves. (Leia artigo postado neste Blog em 08/03/09).
Guindada por Lula ao posto de "mãe do PAC" ela é mais conhecida pela sua capacidade técnica do que pelo seu estilo político. No entanto, o cargo de ministra da Casa Civil coloca-a numa posição estratégica para fazer política. Porém, há um curioso distanciamento que chama a atenção, particularmente dos mineiros: se já se assumiu como candidata, por que Dilma Rousseff ainda não conseguiu fazer com estrelas do PT mineiro abraçassem seu nome? Afinal, Patrus, Virgílio, Reginaldo, Dulci e outros expontes mineiros do petismo no Governo Lula não vão ou não dar a cara a tapa e mostrar-se a favor de Dilma? E o que dizer de Hélio Costa, (PMDB), ministro das Comunicações, e do outrora poderoso ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, hoje discreto deputado, submergido do noticiário político nacional e regional? Também estes vão esquivar-se de apoiar a minerucha?
Isto remete a uma pergunta óbvia: apesar de ter nascido em Minas, seria Dilma a candidata dos mineiros? Difícil fazer este pessoal descer do muro, pelo menos enquanto Aécio estiver a vigia-los. O único mineiro a dar seu apoio a Dilma desde primeira hora foi vice-presidente José Alencar. "Dilma supriria a saudade de ver um mineiro na Presidência da República", disse Alencar.
Dos demais expoentes da política da Gerais ainda se ouviu viv´alma expressar com clareza sua opinião. E isto pode custar caro à candidata de Lula! Apreciadora de ópera e tragédias gregas, além de ter vivido por muito tempo na região fronteiriça com a Argentina, Dilma talvez esteja contaminada pela síndrome platina do "Eu sou vocês amanhã", segundo a qual, o que acontecia no país vizinho logo-logo se repetia no Brasil. Afeitos também a um drama passional , "los hermanos" foram os primeiros latinos a eleger uma mulher para a Presidência da República, feito que repetiram na eleição passada, com Cristina Kirchner. E, como apraz a todos que curtem o sofrimento de um tango, vivem novamente um drama real.
Teremos nós mineiros a mesma sina se não abraçarmos a candidatura de Dilma? Que Dios possa apidarse de nosotros, tchê!

Aécio precisa urgente de um plano B. Vai ser PSB ou PMDB?










Serra assiste FHC disparar contra plano de Aécio. Ex-presidente matou pretensões do governador de Minas de uma luta de igual para igual com adversário paulista.



Por Hélio Caled
Já antevemos que somente com seus “Sanchos-Panças” é muito difícil para o Aécio conquistar seu lugar ao sol na disputa da presidência em 2010. (ver artigo “Com Sanchos-pança Aécio não logrará êxito em 2010” – postado em 28/02)
Ao contrário de Aécio, José Serra, seu feroz concorrente, tem à sua disposição altas figuras políticas que atuam nacionalmente. O figurão que recentemente colocou de vez sua cabeça prá fora e demonstrou de que lado está é o ex-presidente FHC.
FHC disparou ferozmente contra a estratégia do Aécio de lutar de igual para igual com Serra através de um amplo périplo pelo país, numa espécie de prévias, onde o discurso mais aceito seria o candidato do PSDB. No fundo, no fundo, Aécio sabe que seu carisma é mais palatável que Serra e com isto ganharia a preferência, esta era a sua estratégia.
O tiro dado por FHC foi mortal para as pretensões de Aécio. “Eles são governadores, têm de trabalhar. Não podem sair pelo Brasil a fazer prévias e não trabalhar”, fulminou.
Nas próprias palavras do Aécio em seu rebate à FHC denota que sabe da preferência de FHC: "Não se constrói um projeto para o país de alguns gabinetes ou da Avenida Paulista. Se constrói caminhando pelo país. E é o que eu estou me dispondo a fazer", afirmou o mineiro, sugerindo que o ex-presidente participe das viagens com Serra sugeridas por ele.
Mas na verdade sua estratégia não ganhou forças.
Agora, Aécio necessita, urgentemente, de um plano B, senão pode ir contentando com sua candidatura ao Senado.
Será que o “plano B” do Aécio é a troca de partido? PSB ou PMDB seriam as melhores opções. Mas, bastidores do próprio PSDB de Brasília adiantaram que o time para esta troca passou. Inclusive, o Aécio teria que abrir mão do seu mandato.
Ou Aécio saca logo seu plano B, ou cada vez mais a polarização Dilma X Serra ganha força.