sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bancada mineira no Senado é cabeça de bacalhau


Para quem não conhece, eis uma cabeça do bacalhau!

Existe um ditado brasileiro: “para
ver cabeça de bacalhau só indo à Noruega”
Ninguém sabe ninguém viu, assim é a bancada mineira no Senado, enquanto as de outras praças põem banca.


Grande parte dos brasileiros não conhece a cabeça de bacalhau porque o Gadus morhua, nome científico do dito-cujo, não existe no País. Isto por que, depois de pescado, o bacalhau passa por um processo de salga e cura, na qual é retirada a cabeça do peixe que não tem valor comercial e ainda compromete o processo de salga.
Como todo o bacalhau que entra no Brasil é importado salgado e seco, as alternativas para se ver a cabeça de um legítimo bacalhau são através de fotografias, coleções científicas, ou, para os mais abonados, nummaravilhoso cruzeiro pelos mares do Norte.
Mas o que importa é que este ditado popular se encaixa perfeitamente para caracterizar a atual bancada mineira no Senado. Ou seja: para saber o que fazem os três representantes mineiros no Senado da República, só mesmo indo até o Distrito Federal para conferir. Não será, decerto, tão empolgante quanto promete ser cruzar os mares nórdicos, mas, assim como a cabeça do Gadeus morhua, os senadores mineiros nós sabemos que existem - alguns sabem até seus nomes - mas é cada vez menor o número de mineiros que lembrem de cor quem são seus representantes na Câmara Alta. A maioria precisaria recorrer à "ajuda dos universitários".

Na história da República moderna do Brasil, a bancada mineira no Senado sempre liderou grandes temas que colocaram Minas no centro dos holofotes da política nacional, além de combaterem anseios provincianos perpetrados por outras bancadas em beneficio da valorização daquela Casa como palco principal de defesa da nação, acima, portanto, dos interesses regionais.

Quem não se lembra do magistral político Tancredo Neves, que do alto da bancada mineira no Senado (1979-1983) liderou a consolidação da democracia brasileira, ostentando, como um inconfidente delirante, o brado: "O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade”, lema que ajudou a mobilizar todo o país em torno da volta à normalidade democrática que pôs fim a 21 anos de ditadura militar.

Através da mídia, pouco se tem notícia da atuação da bancada mineira. Nem mesmo pela TV Senado. A mídia regional tmabém não dá destaque aos senadores por Minas. Seria má vontade da mídia ou o trabalho da bancada não chama a atenção, não fazendo jus, portanto, a qualquer destaque nas rádios, TV´s e jornais da terra?
É impressionante a "banca" que alguns senadores conseguem impor naquela Casa, ocupando generosos espaços na mídia nacional, mesmo sem que não tenham a defender causas meritórias que justifiquem tal exposição. Maranhenses, alagoanos e piauienses - representando estados inexpressivos em termos políticos, em se comparando com a tradição histórica de Minas - e não vai aqui qualquer nesga de preconceito - conseguem impor, no Senado, um respeito e galgar tamanha expressão, de fazer inveja a Tancredo e Afonso Arinos.

Talvez a explicação para tanta timidez por parte dos três representantes de Minas na casa que um dia abrigou brasileiros da estirpe de Rui Barbosa sejam os cerceamentos a que os três se vêem acometidos. Um, patrocinou o surgimento que consagrou o "publicitário" Marcos Valério; outro, devido provavelmente à natural decrepitude imposta pela condição de humano em idade senil, a despeito dos respeitáveis e consideráveis trabalhos que tenha produzido com viva intensidade ao longo de sua longeva vida pública; e o terceiro, por que não tem como esconder que entrou para os anais da história política mineira pela via transversa da suplência senatorial, após regar com generosas doações a campanha do titular do cargo, içado a cargo de ministro e abrindo lugar para a destoante figura que desfila sua vasta cabeleira e seu inescondível sotaque carioca pelos salões azuis do Senado. Não bastasse, vem destacando sua interinidade no plenário e nas comissões como bastião do proselitismo tão característico do peemedebismo moderno.

A suplência senatorial, aliás, é conhecida pela forma como se inserem na política, do dia pra noite, ilustres desconhecidos (geralmente endinheirados) que galgam espaço na vida da Nação sem terem recebido um voto sequer. Hoje, somam quase 20 entre os 77 membros da Casa, os "senadores" sem voto. Tal como a cabeça de bacalhau, na regra eleitoral, sabe-se que os suplentes existem, mas ninguém conhece seu rosto...

2010 se aproxima. Será que esta atual bancada que Minas ostenta no Senata tem condições, legitimidade e autoridade para se estabelecerem, perante o eleitorado, como baluartes de sustentação de uma eventual candidatura de Aécio Neves (neto do senador) à Presidência da República? Para saber a resposta, só indo à Brasília e tentar comprovar que a nossa bancada na Casa de Rui Barbosa não é "cabeça de bacalhau".

Postado em 28-02-2009


2 comentários:

  1. ola,meu nome e ALEXANDRE tenho 13 e estou fazedo um trabalho de Hestoria que e sobre a politica nao esta muito difissio mas o dificio e achar as respostas do assunto que a professora passou e ai eu venho nessa pagina para procura e voce ficam fazendo gracinha se-ligane.

    obrigado

    ResponderExcluir
  2. Foi mal aí Junior, mas antes de criticar, aprende a escrever um pouquinho... tenho dó da sua professora de português... "Hestoria", "difissio", "procura", "se-ligane", além de pontuação, acentuação e concordância... num é só porque estamos na internet que podemos nos dar o direito de assassinar nosso idioma... ajuda aí, né?

    ResponderExcluir